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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mortalidade e Tempestade

Mortalidade e Tempestade
por Pedro Penido

Aos meus amores eu desejo a mortalidade,
pois é no passar do tempo que a vida é real,
para além dos sonhos de um velho embrutecido,
para além dos riscos de uma gargalhada jovial.

Aos meus amores eu desejo todas as tempestades,
pois é no velejar na tormenta que encontramos outros eus,
nos pesares das velas rasgadas pelo vento das vaidades,
quando, enlouquecidos, percebemos quem somos: deus.

Eu amo com todas as minhas forças e paixões,
em desejos incautos e obcenos de sagradas profanações.
Pois sou blasfemador, como dizem, por amar,
em carne e coração,
e sentir...

Sinto a mortalidade e a tempestade.
Sou humano, amor.
Na imensidão da minha vontade
pouco há que esconder, nem dor.

Aos meus amores desejo amores.
Mortalidade e tempestade:
Pilares da sabedoria e juventude.

Explodimos por natureza.
Amamos por ousadia.
Vivemos por estranheza.
Morremos aos poucos, em poesia.

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