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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Nas Linhas de Wilde

Viver ou Existir? 
Pedro Penido

Sem razões aparentes as coisas seguem seus próprios traçados. Nada de verdades projetadas, nem teorias de conspiração. Apenas o silêncio consentido daqueles que conseguem seguir as sutilezas das ações. Marcas sem passado, sem presente, sem futuro… estalos absurdos do acaso, sem sujeito ou predicado.

Diz Wilde que a maioria das pessoas apenas existe, poucas realmente vivem. Fato. Existir é um passo cego em direção ao infinito. Existir… materializar vontades alheias e dar vida ao custo da própria essência. Enfraquecer a vontade, fazer doer o intangível e os inacessíveis labirintos dos nossos sentimentos.

Viver… explodir com as barreiras e absorver os mais inexplicáveis horizontes. Abrir mão dos caminhos seguros dentro do código social. Deixar para trás as formatações mutiladoras e jogar os dados com a morte, com a sorte. Dinamitar todas as possibilidades e seguir caminho por entre os escombros da realidade vigente. Sonhar além dos sonhos, dos traços já queimados no papel.

Que tal viver e não apenas existir? Que tal sofrer e não apenas cegamente sorrir? Que tal sentir e não apenas assimilar? Quais as nossas opções, meu amigo? Rumar traçados já experimentados, concordados? Ou implodir as bizarrices de nossas mentes e tornar sonhos mais que projeções além do horizonte?

2 comentários:

  1. Excelente texto.Parabéns.
    Abração.

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  2. Que tal viver e não existir?!

    Belissima pergunta...

    A vida não é uma estrada reta e tranqüila, que nós podemos percorrê-la livres e sem empecilhos.

    Esta mais para um labirinto de passagens, pelas quais nos devemos sempre procurar o melhor caminho, mesmo estando perdido e confuso, ou até presos em becos sem saída.

    Viver é dificil, mas é muito compensador!

    Beijos pra ti poeta.

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