seguia gallows pole, do led zeppelin, quando no papel caía o que se segue… escorrido…
Sinto
por Pedro Penido
às vezes eu sinto e… sou.
outras, poucas, sinto e vou.
sinto o que todo mundo sente.
penso que é truque do tempo,
mas o tempo, eu sei, não mente.
dele arranquei dúvidas.
confessei a loucura.
nele encontrei monstros.
encontrei bravura.
mas dói na carne o sentimento.
sinto, escorro…
sinto, sofro, peço socorro.
não vêm mãos ou olhares.
poucos sorrisos no horizonte.
enquanto naufrago no meu tempo.
onde sofri e escorri… e senti.
mantenho minha bandeira.
como sangue novo, escarlate.
resta pouco de humano.
e dói o vazio desta alma imensidão.
imersa na loucura ao som de gallows pole.
enquanto tropeço em busca de paixão,
sinto, sofro, morro, vivo… apenas, agora, sou.
despreendido, entorpecido por veneno e dor.
peçonha dos prédios apertados e muita, muita dor.
encurralado nos labirintos de insana solidão,
flagrado nos limites do absurdo vago amor.
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