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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Nau Errante

Nau Errante
Pedro Penido

Um cigarro a menos
em nobre noite sem luar
sem companhia ou amigos
imerso em versos, meus venenos.

Diriam que o fumo mata
mas de nada vale o mal injetado
ante o absurdo que se constata
quando se percebe o caminho
tão doentio
amargamente trilhado.

Demônios do fogo
diabos da areia
as regras do jogo
os tragos da veia.

Sem motivos
sem clemência.

Olhares esquivos
bejios e demência.

Sou senhor do meu destino
e escravo das minhas opções
faísca explosiva em luar vespertino
mestre da nau que erra nos furacões.


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