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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Constante

Constante
Pedro Penido

Qual deus que não o tempo?
Quem pode negar?

A pressa do homem
e sua sede de lapidação
como desbravador em mata virgem
e crianças que não aceitam "não".

Vai-se incontrolável o tempo
quer queira, quer não.

Única divindade.
Carrasco com chicote na mão;
Impulsiona alucinadamente a vida
e vem, implacável, mascarado de morte,
de danação, de paraíso, de salvação.

Desafiam a morte homens e civilizações.
Cada qual, à sua maneira, enfrenta o tempo
cravando imortalidade no pensmento, nas ações.

Somos todos reflexos sinceros
de um inevitável tempo de revoluções.

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