As Linhas da Cidade
Pedro Penido
Andamos pelas ruas
em transe frenético.
Fumamos, suamos, bebemos
cansamos, amamos, sofremos.
Carne queimada asfalto afora
bem vestida para o próprio velório.
Convenhamos que tudo acontece agora
e o momento é tudo menos simplório.
Há algo escrito
nas linhas da cidade
algo bem restrito
aos dilemas da humanidade.
Há algo inscrito
nos templos da saudade
algo do instinto
no antro da moralidade.
Vivemos?
ResponderExcluirOu sobrevivemos?
Andamos
Ou nos arrastamos?
São dias tão estranhos
Parecemos poeiras
Entranhadas pelos cantos
Num mundo que nunca é o bastante
Oi poeta!
Gostei da poesia.
Beijão
Excelente semana.
"São dias tão estranhos
ResponderExcluirParecemos poeiras
Entranhadas pelos cantos
Num mundo que nunca é o bastante"
nunca é o bastante!
bjão