Pedro Penido
O que eu busco?
Difícil imaginar.
Talvez haja algo, em algum lugar. Pode estar numa esquina (adoro-as), no topo de uma colina, nos rastros da minha estrada, nos cumes mais altos, nos mais vastos mares. Talvez esteja espalhada pelos ventos. Talvez esteja imersa nos mais intensos sentimentos.
Difícil imaginar, sequer, sonhar.
O que eu busco? Não sei responder, não sei perguntar.
Talvez haja algo, sincero, verdadeiro, em algum lugar. Talvez eu encontre quando parar de me perguntar. Talvez não. Até lá só posso sonhar e sonhar, escrever meus reflexos, cravá-los nos meus rabiscos e dixar-me ser. Sem memórias ou histórias, sem festas, sem tudo que a outros tanto importa.
Talvez haja, no caminho, um olhar que seja a resposta. Talvez não. Até lá só posso sonhar e sonhar, ser e sentir com toda a força do coração. Observar e assimilar tantos outros olhares perdidos nessa louca ilusão.
O que eu busco? Não posso - e talvez não queira - saber.
E você?
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