Homem Máquina
Pedro Penido
O relógio marca o tempo.
O despertador marca a pressa.
Correndo contra o tempo,
fazendo apenas o que não interessa.
Correndo de um lado para o outro,
sem motivos, sem verdade sincera, confessa.
Homem e máquina,
em bela e monstruosa
dança macabra.
A carne intacta,
em singela e saborosa
hora-máquina.
Quando isso aconteceu?
Quando o homem morreu?
Resto de carne errante
pelos corredores das máquinas.
Não importa a mente (ou a alma)
desde que a carne (engrenagem)
esteja pronta para a máquina.
Isso... é verdade... aconteceu!
O homem virou máquina
e a máquina virou deus!
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