Cordas Arranhadas
(CRÔNICAS DOS LIMIARES)
(CRÔNICAS DOS LIMIARES)
Pedro Penido
Arranham cordas
em trilhas musicais
delineadas
(e dedilhadas)
pelo silêncio.
Sons vastos
(e dedilhadas)
pelo silêncio.
Sons vastos
arrancados da alma
que gritam e choram,
e deixam-se levar
para onde puder ir
quem merecer sonhar.
Sons vastos
dos ritmos
da madrugada.
Cordas arranhadas
que se encontram
no absurdo que profetizam.
Cordas arranhadas
que nos encantam,
nos enganam,
e não nos avisam.
Há limite para a loucura?
Cordas arranhadas dizem: "Não!"
E o que nos escondem os limites?
Lágrimas e cordas sussurram,
enquanto suspiram apaixonadas:
"Você não sabe? Ou não tem coração?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário