Pedro Penido
E que venham todas as tempestades do mundo para as beiras da minh'alma enlouquecida. Que me empurrem pelo desfiladeiro até praias de areias brancas encostadas no traçado inquieto do mar.
Nos céus amarelados de tormentas já vencidas esticam-se borrões de muitas cores, mapas incertos das incertezas além do olhar. Chuvas estranhas para dias inteiros de estranhezas além das serras, nos céus de sonhos de quem se dispõe a sonhar.
Sem dias formatados pelo tempo dobrado à vontade da estupidez! Sem dias trajados de luto nas sombras do concreto e do asfalto! Sem dias devastados pela vã necessidade de complicar!
E que venham, sempre, todas as tempestades dos céus, das serras, do mar. Que nos arranquem do conforto de nossos sofás. E que hajam mais borrões em cores, este arco-íris, silenciosa e sutil majestade do olhar.
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| Foto de Marcus Desimoni, da Nitro Imagens Pós-tempestade em Belo Horizonte/MG - 29/01/2012 |
Lindo! Inteiramente.
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