Os Traços no Papel
Pedro Penido
Lá nas minhas memórias há muito espaço para boas gargalhadas. Lá nos confins da minha história há tanto espaço para o que há de ser lembrado. E riamos todos das nossas infelicidades todas!
Somos carne e lágrima ante o império de nossas virtudes e ações. Somos verso e prosa ante as infindáveis linhas e páginas do Tempo.
E não há nessa vida coisa mais genuína que o amor. Original ao extremo. Implacável, incontestável, inviolável, imperdoável.
Resto de nossas experiências. Resto de nossas vivências. Apenas resto, vestígio, traço e traçado, risco e rabisco no papel. Ei-lo, insuperável, supremo tirano de nosso instinto, soberano, senhor dos deuses do inferno, dos deuses do céu.
Carece de perdão o que, por si só, já se encontra isento dele?! O que advém da poda não é resto, apenas excesso! Lapidações necessárias... quem mais - se em humano fosse transmutado - que o Diamante bruto, para exaltar o buril, e de tal feito, o entalhador, como seus maiores benfeitores?! O brilho que lhe lhe faz jus à fama, nada deve à fortaleza que lhe justifica a composição.
ResponderExcluirBjos,
Sol:]