Pedro Penido
Segunda-feira que arranca as almas dos sonhos e joga-as todas nos invólucros de carne que lhes dão forma. Um cárcere para os sonhos.
Um trago pela manhã com o sol raiando longínquo, detrás o alvorecer vermelho imerso na fuligem do progresso. Uma dose de café para que aja no sangue o milagre da cafeína, abrindo os olhos, afiando a mente, pelo menos por alguns instantes a mais.
Carne em estado de putrefação nos congestionamentos, à frente dos computadores, nas posses e vastidões do maquinário. Carne para todo gosto, para todo uso, para qualquer salário.
Horizonte cinzento daqui em diante. São os traços e legados que andamos deixando por aí, em todo lugar. E sonhos que vibram e pulsam imensos - intensos - escorrem da pena no papel, do carvão às paredes sem cor. Acobertam-se pelas letras sentimentos tantos, estranhos e adversos, como o amor.
Mas logo tudo deixa de ser estranho, pois há sorrisos sinceros e olhares apaixonados. Tudo que vale a pena haver. É para isso que vivemos. É por isso que escrevo mudo e vivo rindo: por você.
Segunda-feira que arranca as almas dos sonhos e joga-as todas nos invólucros de carne que lhes dão forma. Um cárcere para os sonhos.
Um trago pela manhã com o sol raiando longínquo, detrás o alvorecer vermelho imerso na fuligem do progresso. Uma dose de café para que aja no sangue o milagre da cafeína, abrindo os olhos, afiando a mente, pelo menos por alguns instantes a mais.
Carne em estado de putrefação nos congestionamentos, à frente dos computadores, nas posses e vastidões do maquinário. Carne para todo gosto, para todo uso, para qualquer salário.
Horizonte cinzento daqui em diante. São os traços e legados que andamos deixando por aí, em todo lugar. E sonhos que vibram e pulsam imensos - intensos - escorrem da pena no papel, do carvão às paredes sem cor. Acobertam-se pelas letras sentimentos tantos, estranhos e adversos, como o amor.
Mas logo tudo deixa de ser estranho, pois há sorrisos sinceros e olhares apaixonados. Tudo que vale a pena haver. É para isso que vivemos. É por isso que escrevo mudo e vivo rindo: por você.
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