DESARMONIAS
Pedro Penido
De volta à desarmonia,
balanço de forças e variáveis,
que, para o bem ou para o mal,
gira o mundo e termina em agonia.
Desarmônico
cambalear pelas ruas
em passos sem compasso
e noites sem luas.
Há pouco que interessa,
pois o futuro,
de tão rápido,
nem tem pressa.
Obsolescência,
programada.
Adolescência,
violentada.
Paciência,
dizimada.
Desarmonias de agora,
em teares da História,
feito as notas de outrora,
que deixamos na memória.
É de desarmonias
que o nada se alimenta.
E é de poesias
que o nada se sustenta.
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