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terça-feira, 22 de junho de 2021

Ao sangue os hunos

Ao sangue os hunos


Você sabe o que é barbárie?
Saberá dizer quando ela chegar?

Eu não sei de muita coisa...
Mas de alguma coisa eu sei.

Quando chegar a barbárie
ela vai matar todo mundo.
Pobre, preto, índio, vermelho, gay.

Quando ela chegar
alguns irão para a rua
chamar burro de mito 
e mito de rei.

É natural do assustado
correr para seu opressor,
mas quando a barbárie chegar
o tirano será aplaudido
e traído será o professor.

Sobre a tal barbárie,
eu não sei de muita coisa...
Mas de alguma coisa eu sei.

Diferente será crime
e o crime será a lei.

Haverá aquele tipo ultrajante
camuflado de isento pensante,
certo mero fascínora repugnante
empossado pela horda ruminante.

Enquanto... cá, de bandeira em riste,
quebrando o pau a gente resiste.

E enfrenta os dragões nas cisternas do poder
e seus isentões desgraçados e pelegos babacas,
com foice em sangue por onde a gente for.

Afinal, rei, qualquer que seja,
 é feito (ou eleito) pra morrer,
e que arraste,
pela estrada da vergonha,
 quem segue pato, seja boi ou vaca,
pelo próprio entardecer.

A gente não tem tempo de explicar o óbvio,
ainda mais, convenhamos, o ululante,
muito menos santificar-se ao custo da vida
para ser santo e ter tolerância com o intolerante.

Sobre a barbárie...
Eu não sei de muita coisa.
Mas, de alguma coisa, meu amigo, eu sei.

Ai daquele, que bancando o huno,
ousar ancorar em cais de saudade,
esse barco, cujo sopro enfuno,
para dentro da mudança-tempestade.

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