Nau Errante
Pedro Penido
Um cigarro a menos
em nobre noite sem luar
sem companhia ou amigos
imerso em versos, meus venenos.
Diriam que o fumo mata
mas de nada vale o mal injetado
ante o absurdo que se constata
quando se percebe o caminho
tão doentio
amargamente trilhado.
Demônios do fogo
diabos da areia
as regras do jogo
os tragos da veia.
Sem motivos
sem clemência.
Olhares esquivos
bejios e demência.
Sou senhor do meu destino
e escravo das minhas opções
faísca explosiva em luar vespertino
mestre da nau que erra nos furacões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário